O Curta Brasília se consolidou como um dos festivais de Cinema mais importantes de Brasília e um dos poucos do país inteiramente dedicado ao curta-metragem. Uma iniciativa da Sétima Cinema, o evento funciona ainda como incubadora de tecnologia para o cinema e seleciona curtas realizados para ambientes de Realidade Virtual.

A equipe do Molde colaborou pela oitava vez com o festival, em um projeto de identidade visual que teve como base a provocação de se pensar o numeral 8 como sinal gráfico atribuído ao movimento contínuo, ao infinito. A narrativa das imagens realizadas se inspira na obra Caminhando (1964), de Lygia Clark, que consiste na ação de cortar uma fita de Moebius longitudinalmente até o esgotamento das trajetórias possíveis. No experimento transposto, uma fita de Moebius de papel branco é manipulada sobre uma superfície espelhada num quarto escuro. Sobre ela é projetado o encontro difuso de duas fontes de cor luz, elementos próprios da experiência na sala de cinema. O registro fotográfico do processo é utilizado como narrativa para diferentes desdobramentos de identidade, desde a conceituação inicial, divulgação, sinalização, impressos, trilha original e vinheta de abertura dos filmes.

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